Saída
Separo-me das folhas arrumadas na gaveta que tinha como minha. Separo-me dos risos, da persistência do riso e do granulado das histórias descobertas. Separo-me e levo um saco, um saco de plástico frágil, onde arrumo os meses de trabalho e de dedicação.
Passo a mão na gaveta e limpo-a das pequenas parcelas de papel, dos instantes pintados por canetas e de algumas migalhas de bolachas partilhadas.
Despeço-me sem me querer despedir. Avanço firme, com o saco na mão, com o peso do saco, com a tensão nos músculos inerente à saída. Avanço em direcção à rua sem evitar a dor na garganta que me suspende a visão sensata e clarividente. Executo acções deprimidas e confrontadas com a aspereza do desafio que me espera.
Espero, com a saída, financiar novos projectos marcados por campanhas de partilha, de fome de construção de um projecto comum mais exigente, envolvido e valioso. Financio-me enquanto pessoa fora dos sistemas profissionais ainda que deseje incluir-me satisfatoriamente na organização do trabalho.
Saio num dia quente, claro, descarado. Há um calor intenso que não se distribui uniformemente pelo corpo. Saio num dia quente e aproveito o final de tarde deitada no silêncio e na escuridão. Fecho a janela, ligo a televisão sem som, cubro-me com uma manta e candidato-me ao Inverno, como se adivinhasse os dias cinzentos e frios que se aproximam.
Passo a mão na gaveta e limpo-a das pequenas parcelas de papel, dos instantes pintados por canetas e de algumas migalhas de bolachas partilhadas.
Despeço-me sem me querer despedir. Avanço firme, com o saco na mão, com o peso do saco, com a tensão nos músculos inerente à saída. Avanço em direcção à rua sem evitar a dor na garganta que me suspende a visão sensata e clarividente. Executo acções deprimidas e confrontadas com a aspereza do desafio que me espera.
Espero, com a saída, financiar novos projectos marcados por campanhas de partilha, de fome de construção de um projecto comum mais exigente, envolvido e valioso. Financio-me enquanto pessoa fora dos sistemas profissionais ainda que deseje incluir-me satisfatoriamente na organização do trabalho.
Saio num dia quente, claro, descarado. Há um calor intenso que não se distribui uniformemente pelo corpo. Saio num dia quente e aproveito o final de tarde deitada no silêncio e na escuridão. Fecho a janela, ligo a televisão sem som, cubro-me com uma manta e candidato-me ao Inverno, como se adivinhasse os dias cinzentos e frios que se aproximam.
7 Comentários:
penso que é motivo para te felicitar pelo novo emprego. parabéns.
boa sorte.
susana
Este teu quadro fez-me rever algo ...
Senti, como se estivesse a viver o momento.
Percebo esse nó, mas prespectivo emoções no novo local que te vão fazer brilhar ainda mais!
És Linda.
Beijos Grandes
Seara
Os dias continuam coloridos e quentes... E espero k os teus também estejam a ser assim...
As minhas mudanças costumam ser positivas... para ti também vai ser. Beijo grande
Susana Dias
oh:(... nem sequer tiveste direito a uma caixa de cartão!
perfilam-se genes que farão história nos tempos dedicados aos sussurros...
afinal, como vês, começam agora os dias frios, mas sempre cheios de sol, contrariando o cinzento esperado...
bem vinda. que o teu perfume se espalhe em todos os recantos deste novo desafio que agarras todos os dias com mais amor.
Isa Gomes
Olá sou esposa do Dinis Correia. Sempre ke posso vou a Tralhariz.Gosto sempre recordar os meus avós seus nomes são:
Mario Correia e Celeste Machado Jose Julio Prado pois convivi com eles algum tempo ke recordo com saudade.
Felicito o site e seus leitores
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