2006-12-20

Nas malhas da formação


Encontro a história para a ilustração do Major Tom;
É a minha primeira publicação. Também é a inicial para o Major. Surge no âmbito de um convite para a revista da Reapn. Penso assim…

(…) Parece haver alguma regularidade entre altos níveis motivacionais e maior facilidade de formulação de planos e projectos. Penso que é a este nível que se pode colocar a seguinte hipótese: a frequência num dispositivo de formação é indutora, salvo melhor opinião, de altos níveis motivacionais, podendo contribuir para a possibilidade de inserção profissional, uma vez que são aprimoradas e desenvolvidas competências pessoais, sociais e profissionais que podem facilitar o processo de ingresso no mercado de trabalho. Num mercado globalizado e, por isso, cada vez mais exigente, os níveis de qualificação escolar e profissional são garantia de autonomia e liberdade.
Para a produção destes efeitos é, certamente, necessário que os indivíduos que frequentaram um dispositivo de educação e/ou formação, o tenham considerado como um processo significativo: “é sempre a pessoa que avalia a pertinência e a oportunidade da aprendizagem e decide se acciona ou não os mecanismos necessários para a aquisição de saberes” (Cavaco, 2002:113).
Do meu ponto de vista, a formação não pode ser vista como a panaceia para todos os problemas e dificuldades que tolhem Portugal. Convém que ela seja uma medida, entre outras, de promoção de igualdades e da equidade social.
Acredito, contudo, que “aquilo em que cada um se torna é atravessado pela presença de todos aqueles de que se recorda e que o processo de formação tem semelhanças com um processo de socialização” (Dominicé, 1988, Cit in Cavaco, 2002:93). Acredito também que os dispositivos de formação podem imputar vivências muito significativas e acredito que os adultos que o frequentam desfazem a malha das suas representações para tricotar uma nova malha de leitura do mundo.

0 Comentários:

Enviar um comentário

Subscrever Enviar feedback [Atom]

<< Página inicial