2007-05-28

Mosteiro de Arouca


Atrai-nos o doce das castanhas de ovos e das cornucópias melosas, provamos os diversos licores que os monges produzem como representativo de uma procissão de deleite. Compramos sabonetes de glicerina que a Irmã trouxe do Mosteiro de Armenteira e mel da região. Bisbilhotamos, mexemos, provamos, questionamos as tradições dos sabores e saberes da Ordem de Cister. Disputamos justificações sobre as vivências no Mosteiro, no Mosteiro de Arouca, e empreendemos a viagem pela cozinha, pela botica e pelos claustros.
As plantas aromáticas e uma magnólia rosa confundem-me os odores, fintam-me as sensações entre o silêncio e a ordem que se subentende no Mosteiro e a frincha que se abre ao público e ao comércio. No regresso, anseio pelo programa cultural que gostaria de empreender pelos outros Mosteiros: Santa Maria das Júnias, Alcobaça, Cós, Lorvão, Salzedas, Armenteira, …
Verto os desejos de voltar em cada gotícula que cai no vidro embaciado do carro. Observo, ainda, a imponência branca do Mosteiro e a imperturbabilidade da cidade. Arco-me de serenidade no retorno e só anseio pelo banho de imersão com o sabonete de lavanda.

5 Comentários:

Anonymous Anónimo disse...

Olá Ju...
Como é bom recordar e saborear as lembranças doces de Arouca... repetia tudo de novo! Foi uma tarde maravilhosa.
Beijinhos grandes

Mónica Senra

10:50 da tarde  
Blogger oplanetadaju disse...

Sim... :) Havemos de repetir outras tantas tardes.
Beijo grande

10:23 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

Mais do que dos Mosteiros, das gentes que os habitam, recordo o passado. Quando estes eram um lugar de fazeres "novinhos-em-folha". E sim, nessa altura, fiz licores, compotas e sabonetes. As plantas aromáticas eram jardim, cozinha e livros. E a Terra, ai a Terra, tão sagrada a puxar-me para o seu ventre de Mãe!
Quando visitarem o Mosteiro de Santa Maria das Júnias estarei à vossa espera.
No silêncio, no rio, na montanha.
Também sou feita dessas ruinas.
Beijos.

12:05 da manhã  
Anonymous Anónimo disse...

Antes de mais, há que pedir desculpa por esta invasão (mais ou menos despropositada - ou talvez não). Em segundo lugar, dar-te os parabéns pelos textos que aqui apresentas, pela forma como convertes pensamentos em palavras e, que a mim, tanto me fascina.

Cheguei aqui guiada por uma pessoa em comum, uma professora de outros tempos (em todos os sentidos), à qual tenho hoje o prazer de chamar amiga. Ela falou-me em coicidências, perguntou-me se queria dar uma "espreitadela", eu vim.

Mais uma vez, desculpa esta intromissão. Foi bom "ler-te".

Beijo

7:44 da tarde  
Blogger oplanetadaju disse...

O meu planeta só faz sentido se habitado! Povoado por gente conhecida, íntima e incógnita. Cada comentário traduz presença e isso permite-me a satisfação de que este é um espaço com existência, com vida.
Obrigada pelas vossas visitas.

10:00 da tarde  

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