2007-04-16

Fim de tarde

Cat Power a permitir-me desenhar pensamentos fugidios, a sonhar este sol noutras paragens, a aquecer-me entre as pedaladas ritmadas de quem é livre. Aumento ainda mais o volume para que ele me circunde concentricamente em satisfação. Repito o refrão várias vezes, e outras tantas vezes, obcecada pelo som, pela tensão que produz, pelo desejo de me amornar nesta claridade de fim de tarde. Desenrolo-me no tempo a passar e na imagem de mim em pleno rio, a ondular suavemente, a sentir o Porto, a ouvir as conversas dos outros. Desprendo as amarras austeras do dia e deixo brilhar o sorriso de quem é feliz.

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