2006-08-11

Tercigirls



Este ano, e ainda que não estejamos já no final dele, tem sido deveras estranho. Repleto de acontecimentos pouco satisfatórios e que apelou a um sentido feroz para não desarmar as barreiras da resistência. Talvez a principal e a mais dolorosa mudança esteja relacionada com a saída da equipa das Tercigirls. Continua a ser difícil, quase volvidos nove meses, não seguir caminho para a Rua do Rosário, não ir fazer compras à Tia Avelina e tomar café ao Avô Albino. Como se ainda não me tivesse desvinculado desse espaço construído por canecas de animais diferentes, por uma lata de rebuçados a servir de cofre, por músicas feitas à medida de acontecimentos diários, por almoços de partilha de conversas, de silêncios, de cenouras e queijo fresco.
Tolhe-me os sentidos não partilhar diariamente essa vida. E o sentimento de perda é acutilante e manifesta-se em olhos lacrimejantes, em silêncios perdidos e incontroláveis. O saldo desse percurso jamais o saberei contabilizar. Porque não sei contabilizar aquilo que gosto e quem se ama.

0 Comentários:

Enviar um comentário

Subscrever Enviar feedback [Atom]

<< Página inicial